Bem Vindo

domingo, 27 de dezembro de 2015

 
 No meio de um emaranhado de coisas,
de todas as coisas que vejo no caminho,
paro diante do meu próprio reflexo
em um retrovisor qualquer.
Vejo na imagem reflectida,
o resumo de todas as coisas,
dos amores, das lutas, das perdas,
estas,
vãs ou por vezes necessárias...
Sofro e ao mesmo tempo, sou grata.
Sofro, porque ao me deparar com os obstáculos 
de minha vida,
não sabia como agir,
paguei um preço por isso,
mas o preço foi um inigualável aprendizado.
Sou grata, por ter sobrevivido,
por nascer a cada prova imposta.
E renascida trouxe comigo as armas
para vencer as próximas...
Sou a soma de todas as coisas que vejo,
todas as pessoas que passam.
Eu as observo, no despertar das manhãs,
e no silêncio da noite.
Se me olham, sou mais uma que passa,
não enxergam meus temores minhas angústias,
minhas inquietações...
e eu segui sozinha, por muito tempo.
Entretanto, no mesmo reflexo,
algo de novo se manifesta,
e faz renovar cada traço do desenho,
trazendo junto a várias incertezas,
a esperança de que um sentimento maior,
una tudo isso.
Por que nada valeria a pena se nesta caminhada 
as coisas fossem premeditadas, escritas.
As coisas boas não teriam o mesmo sabor. 
Não haveria amor, haveria conveniência.

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