Bem Vindo

quarta-feira, 30 de outubro de 2013


Você já reparou como a vergonha
está super presente na vida da gente?
Para algumas pessoas, ela é tão forte
que parece um monstro,
um verdadeiro obstáculo para atingir a felicidade.
Alguns a sentem em determinadas áreas e
há aqueles que a vivenciam em outros planos.
Geralmente, ela aparece quando você é
chamada para fazer alguma coisa e
começa a ter medo do próprio desempenho.
Medo de fazer uma bobagem, de fazer feio,
de dar um fora e ser objecto de gozação de um grupo.
Enfim, medo de parecer ridícula.
O que muita gente não sabe, no entanto,
é que o envergonhado tem a pretensão de ser o certinho.
Ele sempre quer agir da maneira que
está de acordo com o padrão e que ninguém contesta.
Ou seja, é a nossa maldita vontade de
ser o perfeitinho entrando em cena.
Quanta ignorância!
Olha, vergonha é a doença do pretensioso, viu?
E pretensioso nada mais é do que aquele sujeito
que pretende ser aquilo que não é,
que deseja ter determinada qualidade
para impressionar o mundo ao seu redor.
Quer a aprovação, a consideração e o respeito de todos.
Sabe o que isso significa?
Que ele está dando muito poder às pessoas.
Eu chamo isso de deslocamento de poder.
Enfim, o importante não 
é a opinião dele e sim a dos outros.
Pode parar com isso, hein!?
Se você sofre desse mal, proponho uma mudança.
Assuma a pessoa que você é.
Respeite-se.
Coloque-se em primeiro plano.
Quando a gente tem receio de dar um fora
é sinal de que estamos nos vendo
como uma porcaria e isso não é verdade.
E outra, quem sempre quer causar
uma boa impressão nos outros acaba se dando mal.
Uma vez preocupado com o próprio desempenho,
você se engasga, se atropela,
se constrange e acaba produzindo o pior.
Por outro lado, quando se despreocupa com a sua imagem,
você se sente confortável, espontânea e até criativa.
E mais, algumas qualidades 
da sua essência vêm à tona,
como o bom humor, 
a esperteza no sentido de ter ideias geniais 
e tiradas engraçadas e inteligentes.
Bem aquela coisa que faz uma pessoa ser
simpática, interessante e apreciável por todos.
E é muito fácil as pessoas se constrangerem.
Como aquela garota que entra numa loja,
veste um monte de roupas, não gosta de nenhuma,
mas leva uma peça por receio de falar não
e ser julgada negativamente pelo vendedor.
Ou, então, aquela esposa do tipo “Amélia”.
O marido machão deita e rola, e ela se submete.
Quanto mais ela se deixa constranger, mais ele fica machão.
Ela, por sua vez, se torna um capacho.
Ora!
Quando você acredita que agradar os outros
é uma maneira de conquistar alguma coisa está,
na verdade, se iludindo e se negando.
E a negação de si mesma leva à solidão e ao sofrimento.
Os resultados são péssimos,
porque, pela lei da natureza,
a vida lhe trata como você se trata.
Agora me diga:
quantas vezes eu já disse isso a você?
Se quer realmente acabar com a sua vergonha,
comprometa-se com a sua verdade.
Não dê poder aos outros, não se diminua,
aprenda a dizer não sem receios.
No início, é difícil, mas depois vai
perceber como as pessoas vão passar a admirar você.
É isso mesmo!
Todo mundo admira aqueles que
têm coragem de ser o que são.
Assuma o seu poder e a sua verdade,
e conquistará não só o respeito de todos
como a própria dignidade!

Luiz Gasparetto
 

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