Bem Vindo

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A morte, palavra melindrosa

A morte, palavra melindrosa
Palavra que assusta ao ouvido,
E quando ela nos bate há porta?
Quando ela nos leva
Um ente querido?
Mete medo, muito
O que fazer?
É complicado,
Não estamos preparados,
Falar é fácil, apoiar os outros também,
pois nós só sabemos
O significado cruel
Quando acontece a nós?
E como lidar com esta situação?
O que fazer?
A pergunta que fazemos varias
Vezes a nós próprios
“Porquê a mim? Porque o/a levaram?
E a resposta, essa nunca chega!
Como lidar?
Eu posso vos dizer, como eu lidei!
Tinha 10 anos quando a palavra
Morte, magoou o meu coração,
Ela levou o meu Pai,
A dor é horrível, penosa,
Não queremos acreditar
Que está a acontecer a nós,
Não é engano, ele está vivo,
Não me está a acontecer!
E aos poucos a realidade
Vai aparecendo e diz-nos
É verdade, eu cheguei
E tu não podes fugir,
Não há palavras bonitas,
A palavra é crua, fria
E tu não tens como escapar,
Tens que enfrentar,
Não cries ilusões
Só estas a fazer mal a ti mesmo,
Quanto mais cedo encarares
É mais fácil para ti,
Eu encarei, doeu, ainda dói,
Sim ela levou o meu Pai
Mas só fisicamente,
Porque ele está comigo,
No meu coração
E me acompanha todos os dias
É um lindo Anjo
O meu Anjo da Guarda.


Ana Teixeira


1 comentário:

  1. Sei exatamente o peso dessa dor.
    Estrangula-nos o peito, impiedosamente e parece que nunca vai passar.Mas o amor a transforma em suave saudade, sempre a nos acompanhar.
    Beijos no coração.

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